sexta-feira, 11 de novembro de 2011

PT cancela prévia e indica hoje Haddad candidato a prefeito

BERNARDO MELLO FRANCO
VERA MAGALHÃES
DE SÃO PAULO
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA


O PT selou acordo nesta quinta-feira (10) para enterrar as prévias e lançar o ministro da Educação, Fernando Haddad, como o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo em 2012.

A decisão é uma vitória pessoal do ex-presidente Lula. Ele derrotou políticos tradicionais para impor o aliado, inexperiente em eleições, sem uma consulta aos filiados.

Ontem, os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, que ainda mantinham suas pré-candidaturas, aceitaram desistir em favor de Haddad.

Segundo petistas, eles serão recompensados: Tatto deve ser o líder do PT na Câmara em 2013, e Zarattini deve ser indicado relator do Orçamento no ano que vem.

O acordo será anunciado hoje, em ato que reunirá o ministro, os dois deputados que desistiram e os presidentes do PT nacional, Rui Falcão, e municipal, Antonio Donato.

À noite, em encontro fechado com aliados de Tatto, Haddad agradeceu a escolha e pediu ajuda à militância.

"Conto com vocês e sei que dependo de vocês para ganhar a eleição e governar."

Ele atribuiu sua indicação ao padrinho, a quem jurou fidelidade. "Tenho de política um professor só. Minha escola de política foi Lula."

O ministro repetiu o discurso do ex-presidente pela renovação no PT. "Se não renova, daqui a pouco a gente está de cabelo branco e não tem ninguém para pôr no lugar."

Na semana passada, desistiram os senadores Eduardo e Marta Suplicy. Ela liderava as pesquisas com até 31% das intenções de voto, de acordo com o Datafolha.

Sobre a saída da ex-prefeita, sob forte pressão de Lula e da presidente Dilma Rousseff, Haddad disse: "Doeu em mim quando a Marta desistiu. Não porque eu não desejasse vencer, mas porque é uma perda para todos nós."

Tatto encerrou a reunião com elogios. "Quero desejar boa sorte ao Haddad. Tenho certeza que ele será um grande prefeito de São Paulo."

A Folha acompanhou os discursos do lado de fora do auditório, num subsolo da Câmara Municipal. Na saída, ao perceber que foi ouvido, Haddad aceitou falar pela primeira vez como candidato.

"É uma responsabilidade muito grande. Agora é institucionalizar a campanha no PT", disse à reportagem.

Ele afirmou que agora começará a buscar apoio dos partidos aliados ao governo federal, incluindo o PMDB.

Com o pacto, o PT aborta a realização das prévias em SP. O instrumento está no estatuto do partido e visa a democratizar a escolha de candidatos a cargos majoritários.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Haddad aposta em união de propostas para evitar prévias no PT

ESTADÃO

O ministro da Educação, Fernando Haddad, reconheceu nesta segunda-feira, 7, que tem conversado com os outros pré-candidatos do PT à Prefeitura de São Paulo e tem trabalhado por um "entendimento mútuo" até a data prevista para o processo de prévias da sigla, marcado para 27 de novembro. O petista disse ainda acreditar que, do ponto de vista programático, é possível criar uma união que possa evitar a realização da eleição interna.

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"Não custa nós fazermos um esforço de entendimento mútuo", disse Haddad - JF Diorio/AE
JF Diorio/AE
"Não custa nós fazermos um esforço de entendimento mútuo", disse Haddad

"Enquanto nos preparamos para as prévias do dia 27, nós estamos conversando para tentarmos compor, inclusive incorporando os projetos que foram defendidos pelos outros pré-candidatos", afirmou Haddad. "E acho que, como aconteceu com o senador Eduardo Suplicy, que viu uma das suas teses contempladas, as pessoas vão, eventualmente, sentindo-se contempladas", disse. "Não custa nós fazermos um esforço de entendimento mútuo até o dia 27."

Na domingo, 6, o senador Eduardo Suplicy anunciou sua desistência da disputa interna ao ter recebido a promessa de que o seu programa Renda Cidadã será incorporado ao discurso do ministro, caso ele seja o candidato do PT à sucessão municipal. Haddad ressaltou que, do ponto de vista programático, os pré-candidatos do PT têm "total condição" de formar uma unidade partidária. "Nós estamos trabalhando, não necessariamente significa que isso vai acontecer, mas eu penso que é dever meu tentar buscar esse entendimento", afirmou.

O ministro lembrou também que se reuniu, no último fim de semana, com os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini. No encontro, segundo Haddad, os pré-candidatos apresentaram algumas propostas as quais acreditam que são essenciais para o programa de governo petista. De acordo com ele, Zarattini insistiu na importância de uma administração pública mais transparente e na recuperação dos serviços públicos de saúde e educação. Tatto, por sua vez, pregou uma clara política de aliança e um plano de governo que tenha como base os diagnósticos feitos pelas bases petistas. O ministro classificou as conversas com os pré-candidatos como "cordiais" e "produtivas", mas ainda não "conclusivas". "Nós temos de respeitar não só o tempo de cada um, mas também eventualmente a disposição de cada um de se manter até o final", disse. O ministro participou nesta segunda-feira de sabatina com militantes e simpatizantes do partido.

Haddad disse ainda que pretende procurar pessoalmente a senadora Marta Suplicy, que deixou a disputa municipal na semana passada, após um pedido da presidente Dilma Rousseff. "Nós estamos muito confiantes no apoio dela", afirmou. "Isso nós julgamos essencial para um bom êxito na campanha de 2012", acrescentou. Em discurso, quando anunciou sua desistência, a senadora considerou que a possibilidade mais forte é a de que o ministro Fernando Haddad seja o candidato do PT, mas evitou declarar apoio à pré-candidatura dele.

MINISTRO DA SAÚDE, ALEXANDRE PADILHA DECLARA APOIO A HADDAD


São Paulo - O ministro da Educação, Fernando Haddad, ganhou hoje o apoio do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na disputa pela indicação do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. Após almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em um hotel da capital paulista, Padilha defendeu a renovação dos quadros políticos e disse que a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o suficiente para lhe convencer. "Eu apoio a renovação. E se o Lula apoia, eu apoio", resumiu o ministro.

Hoje, Haddad tem o apoio de 7 dos 11 vereadores da bancada petista em São Paulo. No governo Dilma, Haddad é o favorito do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Dentro da sigla, o ministro é o candidato da maior corrente, a Construindo um Novo Brasil (CNB), grupo do qual faz parte o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

HADDAD GANHA APOIO DE DEPUTADOS ESTADUAIS PARA CANDIDATURA

R7.COM
O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo e ministro da Educação, Fernando Haddad, ganhou o apoio de deputados estaduais e federais aliados da senadora Marta Suplicy, que na última quinta-feira anunciou sua desistência da corrida eleitoral do ano que vem.

Os parlamentares do PT se reúnem por volta do meio dia em um restaurante da zona sul da capital paulista. Eles devem anunciar oficialmente apoio à pré-candidatura do ministro, o preferido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Com a saída de Marta da disputa, seus aliados avaliaram que os demais pré-candidatos - os deputados Carlos Zarattini e Jilmar Tatto e o senador Eduardo Suplicy - são incapazes de levar o partido à vitória em 2012. Pesou na decisão dos aliados de Marta o fato de Haddad ter se firmado na disputa.

A senadora desistiu de concorrer à Prefeitura paulistana após receber um pedido da presidente Dilma Rousseff. A conversa entre as duas ocorreu no Aeroporto de Congonhas, minutos antes do embarque da delegação brasileira à França, onde a presidente participou do G-20 de Cannes, cúpula encerrada ontem.

Devem participar do almoço com Haddad os deputados estaduais Antonio Mentor, João Antonio, Donisete Braga, Luiz Cláudio Marcolino e os federais Cândido Vaccarezza, José Mentor e João Paulo Cunha.

FERNANDO HADDAD RECEBE APOIO DE PARLAMENTARES DO PT QUE ATUAM NA CAPITAL

O ministro da Educação e pré-candidato a prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, almoçou com o grupo de parlamentares do PT que tem atuação na capital para avaliar com eles seu trabalho nas caravanas do PT (ao todo já foram mais de 20 e ainda restam outras 9) e o processo das prévias internas marcado para o dia 27/11 onde o Partido deverá escolher seu candidato para as eleiçõs de 2012.

A atividade contou com as presenças dos deputados federais Vicente Cândido, Devanir Ribeiro e Ricardo Berzoine, dos deputados estaduais Simão Pedro, Adriano Diogo, Zico Prado, Marcos Martins e dos vereadores Juliana Cardoso, Zé Americo, Francisco Chagas, Italo Cardoso, Alfredinho, Chico Macena e Carlos Neder.

A agenda do ministro nos finais de semana será intensificada com encontros com militantes dos setoriais (jurídico, sindical, direitos humanos, mulheres, negros e juventude) devendo também realizar encontros regionais com militantes que já o apoiam nas várias regiões da cidade. O deputado Simão Pedro colabora com a pré-candidatura do ministro elaborando a agenda de Haddad.

HADDAD GANHA APOIO DE MAIOR ALA DO PT PARA PREFEITURA DE SP



SÃO PAULO DE
CARA NOVA

O ministro da Educação, Fernando Haddad, ganhou o apoio da corrente majoritária do PT na disputa interna para definição de candidatura à prefeitura de São Paulo. Haddad recebeu adesão da CNB (Construindo um Novo Brasil) ala que controla 60% do diretório nacional.

VACCAREZZA: HADDAD É O NOME PARA UNIFICAR PT EM SP

O grupo de deputados do PT que manifestou hoje apoio à pré-candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad, acredita que ele é o nome, entre os pretendentes à disputa pela Prefeitura de São Paulo, que pode unificar o partido e evitar as prévias no próximo dia 27 de novembro. "Haddad é o nome que pode unificar o PT de São Paulo", afirmou o deputado federal e líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza. "Desejamos evitar a prévia e unificar logo, para que o PT saia já com um nome. Estou convencido de que ele pode vencer", completou, após almoço com Haddad na capital paulista.
Vaccarezza afirmou que o próximo passo é o grupo buscar alianças para atingir o objetivo de evitar as primárias. O ministro Haddad, porém , será o responsável por procurar pessoalmente os outros três nomes que ainda se mantêm na disputa interna: os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto e o senador Eduardo Suplicy. "Isso é coisa do Haddad", afirmou o deputado José Mentor a respeito da tarefa de procurar os rivais na disputa interna. Vaccarezza e Mentor afirmaram que o apoio declarado hoje a Haddad foi incondicional, sem negociação de contrapartidas.
Sobre se o afastamento temporário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar de um câncer na laringe poderia significar também um distanciamento das articulações em São Paulo, Mentor disse não acreditar nisso. "O Lula está afastado da rua, mas tem telefone e internet."